terça-feira, novembro 15, 2005

Sou o que sou.

Sou uma pessoa estupidamente normal: não tenho comportamentos obsessivo-compulsivos, gosto moderadamente de ultrapassar os limites, não sou viciado na internet, em sexo, em álcool, em cocaína, em coleccionismo, em compras, em terapias, em tabaco, ou psicotrópicos; sou um dependente afectivo moderado e não observo rigorosamente as indicações do médico. Pronto! Sou o que sou.

1 comentário:

Anónimo disse...

Indefinição

Nasci…
Tive que viver uma vida que me foi imposta…
Com um futuro incerto…
Fui crescendo por dentro e por fora…
Olhava para os bons exemplos e para os maus…
Tirava as minhas ilações…
Fazia o que achava que estava certo…
Mais tarde percebi que o que era certo para nós era relativo para os outros…
Mas continuei a viver segundo os meus princípios e valores…
Sempre sujeito aos juízos de valor de terceiros…
Sem subestimar ou sobrevalorizar fosse o que fosse…
Pautava-me pela moderação…
Fui sonhando…
Fui-me divertindo…
E fui vivendo da melhor maneira possível…
A mentalidade foi mudando…
E tudo aquilo que me rodeava começava a ficar confuso…
Difícil de entender…
Damos por nós a interrogarmo-nos por tudo e por nada…
O porque dos porquês…
Na maior parte das vezes a resposta não existe…
Não há uma definição concreta…
Quase sempre é a nossa consciência que nos dá essa resposta…
E acabamos por nos perder com tantos pensamentos…
E quase sempre por ficar a meio entre a teoria e a pratica…
Não há realidades objectivas…
Nem certezas absolutas…
Aí pensamos o quão a nossa vida é fútil…
Como tão fútil é um filme no qual já sabemos o final…
Final esse que nos é destinado sem surpresas…
Que a nossa vida é indiferente…
E embora pareça um paradoxo, começamos a dar-lhe mais valor…
E a vive-la intensamente
E começamos a viver um dia de cada vez…
Como se fosse o ultimo…
Mas não é…
É uma ilusão que auto-impomos…
Para o nosso bem-estar…
Para por de lado a angustia, agonia a ansiedade e o sofrimento…
Apercebemo-nos que a mente controla o corpo…
E acabamos por ceder…
O cansaço apodera-se de nós…
E deixamo-nos levar pela insignificância do destino…
Traçado desde o dia em que nascemos…
E vamos morrendo por dentro e vivendo por fora…
Ou morrendo por fora e vivendo por dentro…
Como se a vida fosse utópica e a morte efémera…
Mais valia nascermos velhos e morrermos novos…
Mais valia…
Se não morrêssemos……………..